GPS : Tecnologia dá uma mãozinha ao cultivo da soja
PROTEGER A FAUNA É IMPORTANTE PARA O EQUILÍBRIO NO ECOSSISTEMA
LAGARTAS, (PRAGA DA SOJA)
PRESERVAR ÁREAS VERDES
VEGETAÇÃO: CARACTERÍSTICA DA FLORESTA AMAZÔNICA.
PROTEGENDO OS ANIMAIS SELVAGENS.ALGUNS APARECEM EM FAZENDAS, DEVIDO AO DESMATAMENTO.
MAPA DE SOLO.
REGISTROS, ANÁLISE, PERCEPÇÃO DURANTE A AULA DE CAMPO.
LAZER É IMPORTANTE NAS AULAS DE CAMPO.
TECNOLOGIA E SOJA.
José Renato Bouças. Embrapa/Divulgação
Para manter estes resultados, a soja plantada precisa apresentar uma alta produtividade. E esta tarefa não é nada fácil. “A soja é uma das espécies que mais sofre com o aquecimento global. As altas temperaturas afetam diretamente a produtividade. Por isso, encontrar formas para que a planta fique mais tolerante às regiões mais secas é imprescindível para que o Brasil continue como um dos maiores produtores mundiais”, afirma o chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Soja, José Renato Bouças.
Junto a mais onze pesquisadores espalhados pelo Brasil e também com a parceria de instituições estrangeiras, o pesquisador conduz um estudo sobre melhoramento genético e transgenia que tem como foco a elaboração de uma soja mais tolerante à seca. “Ativando determinados mecanismos dos genes da soja é possível obter uma espécie mais forte”, diz.
Mas as pesquisas sobre a soja não se resumem aos laboratórios de genética. Soluções aparentemente sem mistérios como o manejo do solo produzem ótimos resultados. “A rotação de culturas melhora a estruturação física do solo quando usamos espécies com uma capacidade maior de penetração na terra”, explica o pesquisador. “O sistema clássico é com o plantio do trigo na entre safra da soja, mas a relação lavoura-pecuária – com a utilização dos campos de plantação para pastos – tem se mostrado uma solução vantajosa”, conclui.
Em 1996, a safra de soja nos Estados Unidos ficou livre de ervas daninhas. Com o uso de um herbicida a base de uma substância chamada glisofato, elas desapareceram e a soja, livre da praga, produziu bem mais. Antes daquele ano, o herbicida já era usado nos campos, mas tinha um problema grave: ao mesmo tempo em que varria as plantas indesejáveis também prejudicava o cultivo da soja. Aproveitar a eficiência do glisofato sem comprometer a safra era um desafio.
A solução veio com a tecnologia. Em laboratório, cientistas extraíram um gene da agrobacterium - bactéria que vive no solo e é resistente ao glisofato - e introduziram-no em mudas de soja. Assim, a soja ficou resistente aos efeitos do herbicida. Patenteada com o nome de CP4-EPSPS, a planta entrou para a história como o primeiro exemplo de soja transgênica comercial no mundo.
No Brasil, os estudos na área começaram um ano depois. Afora às polêmicas inerentes ao uso dos transgênicos, a verdade é que as pesquisas sobre melhoramento genético colocaram nos campos brasileiros uma soja mais tolerante às intempéries do clima e das pragas. E está dando resultados: o país é hoje o segundo maior produtor de soja do mundo e deve passar o líder Estados Unidos nas próximas cinco safras.
Com o investimento em novas tecnologias, no espaço de menos de 30 anos a produtividade da área plantada aumentou de 1,14 toneladas/ hectare para 1,73 toneladas/hectare. Neste mercado tão grande e rentável, o peso da soja brasileira é melhor traduzido em números: a safra 2008 deve fechar com um faturamento de R$43,9 bilhões, um resultado 31% maior do que no ano passado e que representa 28% da receita agrícola do Brasil.
http://www.brasil247.com.br/pt/247/agro/1142/Soja-com-tecnologia.htm