Raiz Afro-Brasileira
Gêmeos com diferenciação da pigmentação epidérmica.
A cor da pele humana é determinada por uma herança quantitativa genética, caracterizada por dois pares de genes alelos localizados em cromossomos não homólogos, ou seja, um par aleatoriamente indicado por Aa e outro Bb.
Proporcionalmente, os genes dominantes A e B codificam maior produção de melanina na pele em oposição aos respectivos alelos recessivos a e b. A interação entre os quatro tipos proporciona efeitos variados, recebendo os dominantes à denominação de genes efetivos ou aditivos, enquanto os recessivos contribuem apenas para formar uma quantidade mínima de pigmentos melanínicos.
- Quanto maior a proporção de genes dominantes e menor de recessivos na pele, maior a quantidade de pigmentação, sendo a epiderme mais escura;
- Quanto menor a proporção de genes dominantes e maior de recessivos na pele, menor a quantidade de pigmentos, e a epiderme mais clara.
Proporcionalmente, os genes dominantes A e B codificam maior produção de melanina na pele em oposição aos respectivos alelos recessivos a e b. A interação entre os quatro tipos proporciona efeitos variados, recebendo os dominantes à denominação de genes efetivos ou aditivos, enquanto os recessivos contribuem apenas para formar uma quantidade mínima de pigmentos melanínicos.
- Quanto maior a proporção de genes dominantes e menor de recessivos na pele, maior a quantidade de pigmentação, sendo a epiderme mais escura;
- Quanto menor a proporção de genes dominantes e maior de recessivos na pele, menor a quantidade de pigmentos, e a epiderme mais clara.
Genótipos
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Fenótipos
(cor da pele) |
AA BB
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Negro
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AA Bb ou Aa BB
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Mulato escuro
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AA bb, aa BB ou Aa Bb
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Mulato médio
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Aa bb ou aa Bb
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Mulato claro
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aa bb
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Branco
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Exemplificação de dois cruzamentos: o primeiro entre indivíduos homozigóticos, um dominante e o outro recessivo (geração P), e o segundo entre indivíduos heterozigóticos (geração F1).
1° cruzamento
Geração P→ AABB (negro) x aabb (branco)
Descendentes→ 100% AaBb (mulato médio)
2° cruzamento
Geração F1→ AaBb x AaBb
1° cruzamento
Geração P→ AABB (negro) x aabb (branco)
Descendentes→ 100% AaBb (mulato médio)
2° cruzamento
Geração F1→ AaBb x AaBb
Gametas
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AB
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Ab
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aB
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ab
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AB
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AABB
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AABb
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AaBB
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AaBb
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Ab
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AABb
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AAbb
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AaBb
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Aabb
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aB
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AaBB
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AaBb
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aaBB
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aaBb
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ab
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AaBb
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Aabb
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aaBb
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aabb
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Proporção fenotípica para os descendentes da geração F1:
1 (negro) / 4 (mulato escuro) 6 (mulato médio) / 4 (mulato claro ) / 1 (branco)
Observação: O albinismo, ausência total de melanina, é provocado pela ação de um outro gene, independente dos mencionados.
1 (negro) / 4 (mulato escuro) 6 (mulato médio) / 4 (mulato claro ) / 1 (branco)
Observação: O albinismo, ausência total de melanina, é provocado pela ação de um outro gene, independente dos mencionados.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola
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O temo Afro-Brasileiro designa tanto pessoas quanto objetos e cultura oriundos da vinda de negros africanos para o Brasil.
O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África. Segundo o IBGE, os auto-declarados pretos representam 6,3% e os pardos 43,2% da população brasileira, ou seja, oitenta milhões de brasileiros. Tais números são ainda maiores quando se toma por base estudos genéticos: 86% dos brasileiros têm algum grau de ascendência africana. Os genes africanos no povo brasileiro variam de 10 a 100% da ancestralidade. Portanto, devido ao alto grau de miscigenação, brasileiros com ascendência africana podem ou não apresentar traços de fisionomia negra. A maior concentração de afro-brasileiros dá-se no Estado da Bahia, onde 80% da população é de ascendência africana.
HISTÓRIA
O Brasil recebeu 37% de todos os escravos africanos que foram trazidos para as Américas, totalizando mais de três milhões de pessoas. O tráfico de negros da África começou por volta de 1550. Durante o período colonial, a escravidão era a base da economia do Brasil, principalmente na exploração de minas de ouro e cana-de-açúcar. A escravidão foi abolida gradualmente no decorrer do Século XIX, sobretudo por interesses da Inglaterra. Embra desde 1850 o tráfico de escravos fosse proibido no Brasil, através da Lei Eusébio de Queirós, só em 1888 a escravidão foi definitivamente abolida, através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel.
ORIGENS
Os africanos mandados para o Brasil pertenciam principalmente a dois grandes grupos: os oeste-africanos (antigamente chamados de Sudaneses) e os Bantu. Os Bantus, nativos de Angola, Congo e Moçambique foram mandados em larga escala para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e para a zona da mata do Nordeste. Os sudaneses, nativos da Costa do Marfim e de influência mulçumana foram mandados em grande número para a Bahia. Outros grupos étnicos menores vindos da África são o Yoruba, Fon, Ashanti, Ewe e outros grupos nativos de Gana, Benim e Nigéria.
Há hoje no Brasil um número expressivo de africanos, na maioria proveniente dos países lusófonos, fazendo cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado nas universidades brasileiras, muito usufruindo de bolsas concedidas pelos próprios órgãos financiadores do nosso governo (CAPES, CNPq e outros).
RELIGIÃO
Embora a maioria dos escravos trazidos da África tenha sido convertida ao Catolicismo, algumas religiões de origem africana conseguiram sobreviver, seja através de prática secreta como é o caso do Candomblé, Xangô do Nordeste e outros, ou através do sincretismo religioso como Batuque, Xambá e Umbanda (por exemplo). A prática do sincretismo foi conveniente, particularmente pelo fato de que os escravos ganharam o direito a reunirem-se em irmandades.
Além da participação nas irmandades, o sincretismo manifestou-se igualmente pela tradição de batizar os filhos e casar-se na Igreja Católica.
Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origem africana, embora um número maior de pessoas sigam essas religiões de forma reservada.
COZINHA
A cozinha brasileira deriva em grande parte da cozinha africana, mesclada com elementos da cozinha indígena e portuguesa. Na Bahia, principalmente, pratos como vatapá e moqueca são típicos da culinária afro-brasileira.
A feijoada é o prato nacional do Brasil. É basicamente a mistura de feijões pretos, carne de porco e farofa. Começou como um prato português que os escravos negros modificaram: os donos de escravos davam as partes pobres do porco aos escravos e estes misturavam estas partes com feijão e farinha.
MÚSICA
A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura da música portuguesa, indígena e africana, produzindo uma grande variedade de estilos.
A música brasileira foi fortemente influenciada pelos ritmos africanos, como é o caso do samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada e o maxixe.
Embora se tenha mantido por muitos anos na marginalidade, a música afro-brasileira ganou notoriedade em meados do Século XX, até se tornar o estilo musical mais difundido no Brasil.
Fonte: Wikipedia