PROJETO: SOJA - Veredas percorridas da domesticação ao plantio em Lucas do Rio Verde.
I – O QUE É A SOJA?
Produzindo mapa mundi cujo o título é: SOJA: Veredas percorridas da domesticação ao plantio em Lucas do Rio Verde Mt. |
Com papel crepon e palitos fizemos os pés de soja. |
Na fazenda fizemos também os elementos naturais como as partes de um rio ( nascente, foz, margens etc) , mata ciliar, animais silvestres etc. |
I – O QUE É A SOJA?
Há 5.000 mil anos a soja é utilizada na china como uma forma de introduzir nitrogênio no solo, como parte do sistema de rotação de culturas. O vocábulo “soja” é derivado do inglês “soy”, que por sua vez tem origem no japonês “shoyu”, embora seja uma planta originariamente chinesa.
A planta tem variada taxa de crescimento: algumas variedades não chegam a 20 cm enquanto outras atingem 2m. As vagens, caules e folhas são cobertos por uma penugem marrom. As folhas caem antes da maturação das sementes, suas flores são brancas ou roxas e pequeninas.
Foi A. Carl Leopold quem descobriu, em meados de 1980, a altíssima quantidade de proteína nos grãos resistente a desidratação e re-hidratação.
O óleo de soja é o mais utilizado pela população mundial no preparo de alimentos. Também é extensivamente usado em rações animais. Outros produtos derivados da soja incluem óleos, farinha, sabão, cosméticos, resinas, tintas, solventes e biodiesel.
II. Transgênese
A soja é uma das plantações que estão sendo geneticamente modificadas em larga escala, e a soja transgênica está sendo utilizada em um número crescente de produtos.Atualmente, 80% de toda a soja cultivada para o mercado comercial é transgênica.
Soja transgênica é um termo genérico utilizado para se referir à soja que contém um ou mais genes transferidos através do processo de transformação genética. As características desta soja variam, de acordo com o gene que foi introduzido. Existe soja resistente a herbicida, resistente a insetos, com alto teor deácido oléico (bom para a saúde) etc.
III. VALOR NUTRICIONAL:
O grão é considerado pelos nutricionistas como uma fonte de proteína completa, isto é, que possui todos os aminoácidos que os seres humanos necessitam.
Seu cultivo é apropriado a regiões de verões quentes, e embora cresçam em vários tipos de solos, os solos úmidos aluviais com boa quantidade de matéria orgânica.
IV. NO Brasil
A soja veio via EUA no ano de 1882 através das pesquisas do Prof. Gustavo Dutra então acadêmico da Escola de Agronomia da Bahia que estudava os primeiros cultivos introduzidos daquele país. Na cidade de Campinas/SP em 1881 o mesmo Dutra, através do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) conduziu estudos introdutórios ao cultivo do grão. Seguindo os moldes estadounidenses, a soja por aqui era mais vista como produto forrageiro e utilizado na alimentação de animais do que para alimentação e produtos industriais para utilização humana.
Nos anos de 1900 e 1901 se teve notícia do primeiro cultivo de soja lá para os lados do Rio Grande do Sul, onde as condições climáticas (semelhantes ao do Sul dos EUA) são apreciadas pela espécie.
O “primeiro cultivo” de soja no Brasil marcado nos anais da história diz que foi no ano de 1914, na cidade de Santa Rosa/RS, porém, apenas a partir da década de 40 que começa a nascer os germes de uma influência econômica.
Oito anos mais tarde o Brasil imediatamente figura nas estatísticas internacionais com uma produção de 25.000t.
Nas décadas de 80 e 90, como uma febre tropical, a soja explodiu pelo território nacional.
· A região Centro-Oeste, em 2003, o percentual subiu para a marca de 60% da produção nacional.
· O estado de Mato Grosso, passou a ser um líder e vem se consolidando até a atualidade nesta posição.
O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, e o Estado do Mato Grosso é o maior produtor do país.
Lucas do Rio Verde
Foi somente a partir de 1981, quando o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) começou a implantação do projeto de assentamento de 203 famílias de agricultores sem-terra oriundas de Encruzilhada Natalino, interior do município de Ronda Alta (RS), que se formou a comunidade que deu origem a Lucas do Rio Verde.
É considerado o 5° maior produtor do estado.
Na época, outros 85 posseiros que já habitavam o local e mais 50 colonos provenientes do interior de São Paulo também foram assentados nos lotes que dividiram uma gleba de 197.991 hectares.
“Com muito trabalho e muita soja, os habitantes de Lucas do Rio Verde contribuíram para a formação de uma boa cidade para viver.”
Assim, a soja é o principal produto agrícola cultivado no município, sendo responsável quase que totalmente pela economia local.
II – OS IMPACTOS SOCIAIS DA SOJA
Sem passar pela cabeça dos consumidores internacionais, o cultivo da soja causa impactos nem sempre benéficos e que representam a face nefasta do progresso.
O modo como foram implantadas as culturas comerciais no Brasil privilegiaram a estrutura fundiária tradicional, aumentando o tamanho das propriedades, concentrando a terra e excluindo a produção familiar do processo.
O sistema patronal e latifundiário causou a supressão das culturas de subsistência, cujas famílias produtoras se tornaram assalariadas, ou no latifúndio, ou na indústria urbana por meio do fenômeno chamado êxodo rural.
Quando a soja foi introduzida na Amazônia Legal, o samba continua na mesma toada: as comunidades nativas e indígenas foram excluídas do processo.
A soja, como sistema monocultural, foi viabilizada graças a um pacote tecnológico dos “avanços” do setor industrial agrícola, das pesquisas químicas, mecânicas e genéticas.
Chamado de “Revolução Verde”, tal pacote foi responsável por aumentar a produção de alimentos acima da taxa de crescimento populacional mundial. Apontada como a solução para a fome do mundo, a Revolução Verde não completou seu objetivo mais otimista. Tal revolução aumentou a produção de alimentos, mas a um alto custo econômico, que resultou na desigual distribuição de alimentos pelo mundo, obviamente que não por problemas logísticos, mas por entraves políticos e econômicos.
Fora tudo isso, no que diz respeito ao cerrado, a sojicultura foi responsável pela compactação e impermeabilização do solo pelo uso intensivo de máquinas agrícolas, erosão, contaminação de mananciais e lençóis freáticos (consequentemente plantas e animais) por pesticidas e químicos agrícolas, impactos detrimentais advindos da retirada da vegetação nativa de áreas continuas extensas, assoreamento de rios e reservatórios, aparecimento de novas pragas e incremento das já conhecidas, e por fim risco à sobrevivência de espécies vegetais e animais com a perda de habitat devido a expansão agrícola.
Estima-se que 10kg de solo sejam perdidos por quilo de soja produzido. Outro problema mais cruel é que o sistema de irrigação das plantações baseados em “pivôs centrais” provoca grande desperdício de água dos lençóis freáticos causando problemas de falta d’água inclusive para consumo humano.
As três principais bacias hidrográficas brasileiras: Amazônica, Platina, e São Francisco) possuem suas nascentes no cerrado, e todo o impacto ambiental nesta região advindo da sojicultura pode causar o assoreamento e contaminação dessas bacias causando um prejuízo ambiental incalculável, sem contar no prejuízo social das comunidades que dependem das águas destas bacias, como a tribo indígena Krahô, FONTES:http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/SojanoBrasil.htm
FELIZ POR ESTE TRABALHO!
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