TEMA:HISTÓRIA DO BRASIL
Trabalho e relações sociais, sujeito histórico, Diversidade cultural, poder, memória, relações de poder e conflitos sociais
Trabalho e relações sociais, sujeito histórico, Diversidade cultural, poder, memória, relações de poder e conflitos sociais
* estou trabalhando com meus alunos conteúdos sobre o Brasil República mas não pude dxar de recaptular o Brasil durante a colonizaçao Portuguesa.
* Agradeço meus alunos do terceiro ano do Ensino médio, pois eles confeccionaram essas histórias em quadrinhos.
* Utilizaram esse método para descreverem a construção do Brasil.
Foram na historia do Brasil colonial.
* Aproveitei para trabalhar termos como: etnia, raça, preconceito, discriminação.
confiram...
Os povos indígenas no Brasil compreendem um grande número de diferentes grupos étnicos que habitam o país desde antes do início da colonização europeia, que principiou no século XVI |
Adicionar legenda |
O ENCONTRO DOS POVOS... |
NÓS SOMOS DIFERENTES E ISSO É NORMAL... |
migrantes europeus e asiáticos: os primeiros europeus a chegarem ao Brasil foram os portugueses. Mais tarde, por volta do século XIX, o governo brasileiro promoveu a entrada de um grande número de imigrantes europeus e também asiáticos. Na primeira metade do século XX, pelo menos 4 milhões de imigrantes desembarcaram no Brasil. Dentre os principais grupos humanos europeus, destacam-se: portugueses, espanhóis, italianos e alemães. Em relação aos povos asiáticos, podemos destacar japoneses, sírios e libaneses.
O preconceito racial é um dos tipos de exclusão mais comum na sociedade. |
FIM...
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Dados
da Aula
O que o
aluno poderá aprender com esta aula
- Compreender o conceito de
“colonização”.
- Identificar motivações
expansionistas e colonizadoras portuguesas.
- Compreender o sentido da
colonização portuguesa no Brasil.
- Analisar documento de época.
Duração
das atividades
Conhecimentos
prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Mercantilismo.
Mercantilismo é o nome dado a
um conjunto de práticas econômicasdesenvolvido
na Europa na Idade Moderna,
entre o século XV e o final do século XVIII.
O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo
com os Estados. Caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na
economia. Consistiu numa série de medidas tendentes a unificar o mercado
interno e teve como finalidade a formação de fortes Estados-nacionais.
Estratégias e recursos da aula
Aula 1
Introdução
O professor
deverá fazer uma breve introdução recapitulando os conhecimentos adquiridos
anteriormente, ressaltando a importância do Mercantilismo – suas
características e noções básicas – para a expansão marítima e comercial
européia e como essa expansão foi montada pelo Estado Português, pioneiro nessa
empreitada.
Estratégias e recursos da aula
Atividade
1- Discutindo o conceito de "colonização"
1º) Iniciar a aula propondo que
os alunos pensem a respeito da seguinte questão (anotar na lousa):
O que é ser colonizado? –
2º) Depois, solicitar que busquem
a palavra "colonização" no dicionário de Língua
Portuguesa, registrando no caderno o significado encontrado.
acto ou effeito de colonizar;
Estabelecer colônia em, promover a colonização de: Habitar como colono.
3º) Adiante, discutir "o que é ser
colonizado" a partir de questões como :
- Como, nos dias de hoje, reconhecemos um país
que foi colonizado por outro, no passado?
- Quais "marcas" deixadas pela nação
colonizadora na nação colonizada?
- Quais diferenças nas condições de vida num
país colonizador em relação à vida num país colonizado?
-
4º) Professor, recomenda-se que o segundo momento
desta atividade seja a socialização das percepções dos alunos acerca das
questões levantadas. Dessa forma, as respostas produzidas devem ser
expostas, comentadas e discutidas com a turma.
Atividade
2- As marcas da colonização
1º) Para continuar discutindo o
conceito de "colonização", utilizar um documento musical.
2º) A música escolhida é "Índios",
da banda de rock brasiliense Legião Urbana, lançada em 1986.
Dinâmica
sugerida:
- Proporcionar aos alunos a audição da música.
- Levar a letra da música impressa, ou
projetá-la para os alunos.
- Solicitar aos alunos a audição da música
seguindo a letra.
"Índios"
- Legião Urbana ao vivo no Acústico MTV
Após a
audição da música,
promover o debate com questões tais como (registrar e responder no caderno):
- De que ponto de vista a
música é narrada: do colonizador ou do colonizado? Justifique com um ou
mais versos da letra.
- Quais as principais queixas
em relação ao processo de colonização são apontadas na letra da música?
- Interpretar a passagem
"Nos deram espelhos e vimos um mundo doente".
Índios
Quem me
dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.
Quem me
dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.
Quem me
dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.
Quem me
dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer.
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer.
Quem me
dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.
Quem me
dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste.
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste.
Eu quis o
perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.
E é só
você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Quem me
dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.
Quem me
dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos, obrigado.
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos, obrigado.
Quem me
dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.
Eu quis o
perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.
E é só
você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram
espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.
Tentei chorar e não consegui.
ATIVIDADE 3. “ Navegar é preciso"
Nesta
atividade objetiva-se que os alunos entendam algumas das motivações europeias,
sobretudo portuguesas, para empreenderem as chamadas Grandes Navegações, no
final do século XV. Afinal de contas, a descoberta e posterior colonização da
América pelos europeus ocorreu por meio da expansão marítima.
Para tal,
utilizaremos uma tele aula produzida pelo Novo Telecurso.
reprodução do vídeo
- Informar aos alunos que irão
assistir à tele aula intitulada "Encontro de dois mundos",
produzida pelo Novo Telecurso.
- Solicitar aos alunos que,
durante o vídeo, dediquem atenção às motivações para as aventuras marítimas.
Propor a
análise do vídeo levantando as questões abaixo (registrar e responder no
caderno):
- Quais as principais
características da Europa durante o século XV?
- Qual o papel da ciência no
acontecimento das grandes navegações?
- Quais sujeitos históricos
e/ou grupos sociais empreenderam as aventuras marítimas? Por quais razões
o fizeram?
- E os navegantes, o que os
estimulava a se aventurar pelos oceanos?
- Como se explica o
pioneirismo português nas navegações.
"O
melhor fruto será salvar esta gente"
Para
analisar as primeiras intenções colonizadoras portuguesas no Brasil,
trabalharemos com um documento de época, qual seja: a Carta de Pero Vaz de
Caminha.
Pero Vaz
de Caminha era o escrivão da frota comandada por Pedro Álvares Cabral, que
chegou ao Brasil em abril de 1.500.
Nesta
carta, que foi enviada ao rei de Portugal, temos um valioso documento acerca
dos primeiros contatos entre os portugueses e nativos e das primeiras
impressões europeias sobre as terras aqui "achadas".
Atenção: considerando a grande extensão
do documento original, aliada à necessidade de objetividade da atividade, não
utilizaremos a Carta de Pero Vaz de Caminha na íntegra, e sim FRAGMENTOS dela.
Professor, algo muito interessante, se
possível for, é levar para os alunos a carta em formato de publicação (livro),
tal como vemos abaixo:
Imagem disponível em: http://www.mardeletras.pt/Fotos/Catalogo/TH07-CartaPeroVaz.jpg
-
Dinâmica
sugerida:
- Levar a carta e/ou
fragmentos dela impressos, ou projetá-los para os alunos.
- Solicitar a leitura
INDIVIDUAL do documento.
- Indicar que os alunos façam o vocabulário do texto, ou seja, que marquem as palavras desconhecidas e procurem o significado no dicionário de Língua Portuguesa.
=>
Professor, a
realização do vocabulário pode ser um exercício com a colaboração do(a)
professor(a) de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira e/ou de Literatura.
-
Fragmento
da Carta de Pero Vaz de Caminha:
"Senhor,
posto que
o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa
Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta
navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza,
assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba
pior que todos fazer!
(...)
A feição
deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem
feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou
deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de
grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso
verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de
algodão, agudo na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do
beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de
roque de xadrez. E trazem-no ali encaixado de sorte que não os magoa, nem lhes
põe estorvo no falar, nem no comer e beber.
Os
cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta antes do que
sobre-pente, de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. E um deles
trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte, na parte detrás, uma espécie de
cabeleira, de penas de ave amarela, que seria do comprimento de um coto, mui
basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos
cabelos, pena por pena, com uma confeição branda como, de maneira tal que a
cabeleira era mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais
lavagem para a levantar.
O
Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma
alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao
pescoço. E Sancho de Tovar, e Simão de Miranda, e Nicolau Coelho, e Aires
Corrêa, e nós outros que aqui na nau com ele íamos, sentados no chão, nessa
alcatifa. Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia
fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a alguém. Todavia um deles fitou o colar
do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois
para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também
olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente
para o castiçal, como se lá também houvesse prata!
(...)
Parece-me
gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa,
seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as
aparências. E portanto se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a
sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa
Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso
Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade.
E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez
que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o
Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza,
pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação
deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!
Eles não
lavram nem criam. Nem há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou
qualquer outro animal que esteja acostumado ao viver do homem. E não comem
senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a
terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios
que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.
(...)
Esta
terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à outra
ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será
tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa. Traz ao
longo do mar em algumas partes grandes barreiras, umas vermelhas, e outras
brancas; e a terra de cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De
ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos
pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender olhos, não podíamos ver
senão terra e arvoredos -- terra que nos parecia muito extensa.
Até agora
não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro;
nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados
como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos
como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que,
querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!
Contudo,
o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E
esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que
não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação
de Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que
Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!
E desta
maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta Vossa terra vi. E se a um
pouco alonguei, Ela me perdoe. Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo
fez pôr assim pelo miúdo.
E pois
que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer
coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem
servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São
Tomé a Jorge de Osório, meu genro -- o que d'Ela receberei em muita mercê.
Beijo as
mãos de Vossa Alteza.
Deste
Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de
maio de 1500.
Pero Vaz de Caminha."
Documento
disponível na íntegra em: http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/carta.html
-
Questões
para analisar/discutir o documento (registrar e responder no caderno):
- Como Pero Vaz de Caminha
descreve os nativos que viviam no Brasil?
- Esta descrição revela algum
preconceito em relação à forma de vida desses nativos? Justifique.
- Quais as impressões de Pero
Vaz de Caminha acerca das qualidades da nova terra?
- Quais as intenções reveladas
pelo autor do documento para essa terra?
- Interprete a passagem "o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente."
-
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